Balbeque

A Heliópolis dos escritores gregos e latinos, uma cidade Síria localizada agora no Líbano dos dias presentes —Ed. na base da encosta ocidental do Antilíbano, e é também a de um bispo Maronita e de um Melquita. Nada se sabe da origem e história antiga de Baalbek, embora tentativas de conjecturas tenham sido feitas para identificá-la com Baal-Gad (Josué 11:17; 13:5), Aven (A.V. Amós 1:5), etc. Dentre os monumentos de Balbeque estão três templos: O Grande Templo de Júpiter, O Templo do Sol, e o Templo Circular de Vênus; todos eles datando do segundo século d.C. A chamada Acrópolis, na plataforma da qual dois dos templos foram erguidos, é antiga. Balbeque foi destruída quase inteiramente por terremotos e guerras, mas mesmo hoje suas ruínas são consideradas entre as mais bonitas ainda em existência. A ousadia da arquitetura e as dimensões ciclópicas de alguns dos monolitos da Acrópolis estão entre as muitas características interessantes tanto para os cientistas como para os viajantes. A história política de Balbeque é aquela do país que a cerca. (Ver SÍRIA.)

A introdução da Cristandade em Balbeque é obscura. Na vida de Sta. Eudóxia, existe a menção de um Teodoto, Bispo de Heliópolis, no reinado (117-138) de Adriano. (Acta SS., 1° de março, 8f.) O valor histórico do relato é duvidoso e quando Constantino proibiu as práticas licenciosas dos pagãos, não havia cristãos lá. Constantino, contudo, erguei uma igreja ou talvez simplesmente transformou um dos templos em uma basílica cristã, que ele confiou a um bispo com padres e diáconos (Eusébio, Vida de Constantino, III, lviii). Durante o reinado de Juliano (361-363) os cristãos foram severamente perseguidos (Sozomen, História, V, x). O paganismo desapareceu de Balbeque apenas após Teodósio (379-395) ter destruídos os ídolos e provavelmente o Grande Templo. Dos antigos bispos de Balbeque (Heliópolis) apenas alguns poucos nomes espalhados foram preservados. Balbeque é agora (início do século XX) uma sé arquiepiscopal titular in partibus infidelium, com o Reverendíssimo Robert Seton, originalmente de Newark, Nova Jérsey, U.S.A. como incumbente, consagrado em 5 de julho de 1903. Em 1861, Balbeque foi transformada em um bispado maronita, com cerca de 30.000 católicos. A diocese melquita foi erguida em 1868, somando cerca de 5.000 católicos com quinze padres, a maioria monges basílios. Os Armênios do distrito estão sob o Arcebispo armênio de Alepo, e os latinos sob o vigário apostólico do mesmo local. (Ver ALEPO). Os gregos ortodoxos (cismáticos), também possuem um bispo residente em Balbeque; além disso, a cidade é uma estação do Comitê das Escolas Sírio-Britânicas com duas missionárias, três nativas, e uma escola, colégio de ensino médio e um dispensário.

Fontes

Sobre as ruínas de Baalbek, veja WOOD AND DAWKINS, Ruins of Baalbek (Londres, 1757); MURRAY, Handbook for Travellers (Londres, 1868); LEGENDRE in VIG, Dict de la Bib, s.v. Sobre os aspectos religiosos de Baalbek, veja LEQUIEN, Oriens Christ. (Paris, 1740), II, 842; WERNER, Orb. Terr. Cath. (Freiburg im Br., 1890); Missionae catholicae (Roma, 1901); BATTANDIER, Ann. Pont. Cath. (Paris, 1907).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *