Uma sé titular da Síria Prima. Dez bispos desta cidade são conhecidos entre 325 e 553, o mais famoso sendo Sto. Hilário, escritor e mártir (século IV), e Severiano, primeiramente amigo e posteriormente inimigo de S. João Crisóstomo (ver Echos d’Orient, IV, 15-17; IX, 220). Desde o século VI Gabala se tornou uma arquidiocese isenta diretamente dependente do Patriarcado de Antioquia. A diocese foi novamente notada no século X (Echos d’Orient, X, 97 e 140). Quando os Árabes tomaram posse da cidade em 639, eles acharam nela uma fortaleza bizantina, ao lado da qual o Califado Moaviah erigiu uma segunda. De acordo com o geógrafo árabe Yaqout, os gregos recuperaram a cidade dos muçulmanos em 969, que a recapturaram em 1081. Os cruzados entraram em Gabala em 1109, e ela passou a ser daí em diante a sede de uma diocese latina. Para os titulares latinos ver Le Quien, III, 1169; Ducange, “Les familles d’outre-mer”, 795-796, e especialmente Eubel, I, 267; II, 173. Saladino tomou a cidade em 1187, e em 1517 ela caiu nas mãos do Sultão Selim. Gabala, atualmente chamada de Djebeleh, é uma caza do vilaiete de Beirute, e possui cerca de 3000 habitantes, todos eles muçulmanos. Há para ser visto lá um pequeno porto, numerosas ruínas, câmaras sepulcrais, e antigas capelas cristãs esculpidas nas rochas, um teatro romano, banhos e mesquitas, uma das quais, que anteriormente era uma catedral, guarda o túmulo do Sultão Sultan Ibrahim-Eddem, que morreu em 778.