Professor de direito, nascido em 24 de setembro de 1823, em Wismar (Mecklenburg); morto em 9 de abril de 1900, em Wilten próxmo a Innsbruck (Tyrol). Depois de completar os estudos clássicos em sua cidade natal, ele estudou jurisprudência em Jena, Berlim, Kiel, e Rostock, se tornando, em 1849, um advogado neste último local, e se graduou na mesma universidade em 1851. Ele foi atuante no conflito constitucional de 1848 entre o Grão-duque de Mecklenburg-Schwerin e a Dieta, defendendo os direitos dos representantes em três folhetins e, com Franz von Florencourt, fundou o anti-revolucionário “Norddeutscher Korrespondent”. Pouco após a sua graduação ele se tornou um convertido à fé católica, e, compreendendo que, como um católico, ele não seria elegível a um cargo público em seu local de nascimento, dirigiu-se a Bonn, onde ele se dedicou ao ensino acadêmico. A obra pela qual ele provou sua grande habilidade de ensino, “Der Primat des Bischofs von Rom und die alten Patriarchalkirchen” (Bonn, 1853), lidou com duas importantes questões: se o primado de Roma existia nos primeiros séculos, e se o muito discutido sexto cânone do Concílio de Nicéia testemunha o primado. Sua obra ganhou reconhecimento imediato entre os estudiosos, e o Conde Thun o convidou para Pesth em 1855 como professor extraordinarius de Direito Romano. Alguns meses depois ele recebeu um professorado de Direito Romano e Canônico em Innsbruck, outro em Graz em 1860, e mais um em 1871 em Viena, onde, até que se aposentasse em 1894, ele atraiu muitos pupilos.
Em 1873 ele se tornou membro da Academia de Ciências de Viena, em 1885 um membro vitalício da Upper House, e de 1882 até 1897 foi um membro da Suprema Corte do Império. Durante o Concílio Vaticano ele aderiu a Döllinger, mas de modo algum foi um veterocatólico, e em 1882 explicitamente se retratou de suas declarações em favor daquela seita. Incitado pelo importante trabalho de Savigny sobre a história do Direito Romano na Idade Média, Maassen iniciou uma história do direito canônico na mesma linha. Porém deste seu trabalho, que teria um número de cinco volumes, ele publicou apenas o primeiro, “Geschichte der Quellen und der Literatur des kanonischen Rechts im Abendlande bis zum Ausgang des Mittelalters” (Graz, 1870). Muitos de seus artigos escritos para o Informativo (Sitzungsberichte) da Academia de Viena Academy foram praticamente complementos da sua obra. O seu “Neun Kapitel über freie Kirche und Fewissenfreiheit” (Graz, 1876) está escrito em um estilo veemente. É uma condenação arrebatadora da Prussian Kulturkampf. Uma ampliação do primeiro capítulo apareceu sob o título de: “Ueber die Gründe des Kampfes zwischen dem heidnischen Staate und dem Christentum” (Viena, 1882). Em muitos aspectos o seu “Pseudoisidorstudien” (Viena, 1885) é uma continuação da sua obra prima. Ele também editou em grande estilo um volume do grande “Monumenta Germaniæ Historica: Leges”, III (Hanover, 1893), sendo o “Concilia ævi Merovingensis”. Digno de nota, também, é o seu “Zwei Synoden unter Childeric II” (Graz, 1867). Maassen frequentemente demonstrava na política uma atitude agressiva. Ele foi um adepto do chamado Federalismus, e ambicionava energetivamente pela formação de um partido conservador católico em Styria, onde ele por um tempo fez parte da Dieta.