Georg Witzel

(WICELIUS).

Teólogo, n. em Vacha, Província de Hesse, 1501; m. em Mainz, 16 de Fev. de 1573. Ele recebeu sua educação primária e acadêmica nas escolas de Schmalkalden, Eisenach, e Halle; passou dois anos na Universidade de Erfurt e sete meses na de Wittenberg. Seguindo o desejo de seu pai ele foi ordenado padre em 1520 e indicado como Vigário de Vacha. Em 1524, entretanto, os ensinamentos de Lutero o atraíram. Abandonando a Fé, ele se casou e no ano seguinte foi indicado para o pastorado de Wenigenlupnitz por James Strauss e um pouco depois para aquele de Niemeck pelo próprio Lutero. Ele então começou um minucioso estudo das Escrituras e dos Padres, e logo ficou convencido de que a igreja de Lutero não era a verdadeira Igreja e que a moral luterana não conduzia ao aperfeiçoamento do povo. Para expressar sua insatisfação com o novo ensinamento, ele escreveu em 1527 duas obras que enviou aos teólogos de Wittenberg sem, contudo, receber qualquer resposta da parte deles. Para dar uma expressão mais enfática da sua convicção do erro da nova religião, ele deixou seu cargo em 1531 e retornou com sua família para Vacha. Ele passou dois anos em extrema pobreza. Em 1532 ele publicou, sob o pseudônimo de Agricola Phaqus, seu “Pro defensione bonorum operum“, uma obra que despertou toda a amargura de seus inimigos. Dentre suas obras publicadas àquele tempo a sua “Apologia” (Leipzig, 1533) merece uma menção especial, já que nela ele apresenta suas razões para retornar à Igreja de Roma.

Devido à incansável oposição de Witzel às novidades doutrinais de sua época, ele foi forçado a deixar Vacha. Ele procedeu para Eisleben e em 1538 foi convocado para Dresden. Lá ele concebeu um plano de reunião, que tomou a forma de uma disputa pública em Leipzig em 1539. Ele já tinha (1537) publicado seu “Methodus concordiae ecclesiasticae“, e para a nova disputa ele preparou o “Typus prioris Ecclesiae” no qual ele propõe a Igreja dos primeiros séculos como o ideal a ser buscado. Seus esforços para a reunião, no entanto, não tiveram resultado. A oposição o forçou a fugir para a Boêmia, e de lá para Berlim. O rápido progresso da heresia logo o convenceu de que ali também seus esforços seriam infrutíferos e então ele imediatamente seguiu para Fulda, onde ele voltou seus esforços para a defesa da Igreja; porém em 1554 ele fora novamente forçado a fugir, desta vez para Mainz, onde passou o restante da sua vida em trabalho literário e provavelmente como professor da universidade. O número das obras de Witzel é extraordinariamente grande. Andreas Räss em seu “Convertiten” enumerou noventa e quatro, mas isto está longe de estar completo.

Fontes

HURTER, Nomenclator, I, 8; RASS, Die Convertiten, I (Freiburg, 1886-80), 123 sqq.; HOLZHAUSEN, G. Witzel u. die kirchliche Union in Zeitschr. fur histor. Theologie (1849), 382 sqq.; SCHMIDT, G. Witzel, Ein Altkatholik des 16. Jahrhunderts (Viena, 1876); PASTOR, Reunionsbestrebungen (Freiburg, 1879), 140 sqq.; DOLLINGER, Die Reformation, I (Ratisbona, 1846), 28 sqq.

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