Publicano

O termo publicano, nos evangelhos, deriva de publicanus da Vulgata, e significa um membro ou empregado das companhias financeiras romanas que realizavam a cobrança de impostos. Desde o tempo da república o Estado Romano se aliviou do problema de coletar os impostos nas províncias agrupando as taxas de cada uma em um montante único a ser leiloado. O arrematador recebia a autorização de extorquir a soma da província em questão. Este sistema proporcionou uma ampla oportunidade para cobranças excessivas da parte das companhias e seus oficiais, e os abusos se tornaram frequentemente intoleráveis. Por causa disso, e mais ainda talvez, por conta do ódio natural embora impotente dos judeus pela supremacia romana, os indivíduos judeus que consideravam lucrativo servir desta maneira aos regentes estrangeiros eram objeto de execração aos seus conterrâneos. Na narrativa do evangelho nós os encontramos como uma classe geralmente associada aos “pecadores” e “pagãos”. A atitude de Cristo para com eles, bem como para com outras classes desprezadas, era a de uma simpatia edificante. Uma grande reprovação imputada sobre Ele por Seus inimigos, os hipócritas escribas e fariseus, era a Sua amizade e relacionamento com os publicanos e pecadores; consistentemente com esta conduta, agradou-Lhe escolher um destes homens como um dos doze apóstolos Levi ou Mateus, o Publicano (Mateus 9:9).

Fontes

MAAS, Comment. of Gospel of St. Matthew (New York, 1898); DIETRICH, Die rechtliche Natur der Societas publicanorum (Meissen, 1889); THIBAULT, Les douanes chez les Romains (Paris, 1888).