Sérgio e Baco

Mártires, m. na perseguição diocleciana em Celessíria (Coele-Syria) por volta de 303. O seu martírio foi autenticado pelos primeiros martirológios e pela antiga veneração prestada a eles, bem como por historiadores como Teodoreto. Eles eram oficiais das tropas do fronte, sendo Sérgio primicério, e Baco secundário. De acordo com a lenda, eles gozavam da alta estima de César Maximiano por causa de sua bravura, mas o favor dele se tornou ódio quando ele tomou conhecimento de sua fé cristã. Quando interrogados sob tortura foram espancados tão severamente com açoites que Baco morreu em decorrência dos golpes. Sérgio, contudo, teve muito mais sofrimentos a encarar; dentre outras torturas, como relata a lenda, ele teria sido obrigado a correr por dezoito milhas com sapatos cujas solas estavam cobertas de pregos afiados que perfuraram seus pés. Ele foi finalmente decapitado. O local de sepultamento de Sérgio e Baco foi apontado como estando na cidade de Resafa; em honra de Sérgio o Imperador Justiniano também erigiu igrejas em em Constantinopla e Acre; a de Constantinopla, agora uma mesquita, é uma grande obra de arte bizantina. No Oriente, Sérgio e Baco eram universalmente honrados. Desde o século VII eles possuem uma igreja dedicada em Roma. A arte sacra representa os dois santos como soldados em trajes militares com ramos de palmeira nas mãos. A sua festa é observada em 7 de outubro. O calendário da Igreja celebra os dois santos Marcelo e Apuleio no mesmo dia que Sérgio e Baco. Diz-se que eles foram convertidos convertidos ao cristianismo pelos milagres de S. Pedro. De acordo com o “Martyrologium Romanum” eles sofreram o martírio logo após as mortes de S. Pedro e S. Paulo e foram enterrados próximo a Roma. Os seus Atos não são genuínos e concordam em grande parte com aqueles dos santos Nereu e Aquileu. A veneração destes dois santos é bastante antiga. Uma missa é designada a eles no “Sacramentarium” do Papa Gelásio.

Fontes

Analecta Bollandiana, XIV (1895), 373-395; Acta SS., October, III, 833-83; Bibliotheca hagiographica latina (Bruxelas, 1898-1900), 1102; Bibliotheca hagiographica graeca (2a ed., Bruxelas, 1909), 229-30; cf. para Marcellus and Apuleius: Acta SS., October, III, 826-32; Bibliotheca hagiogr. lat., 780.