Uma sé residencial grega católica e sé titular na Síria. O nome nativo é desconhecido; sob Antíoco o Grande ela já carregou o nome grego Panion devido a uma gruta consagrada ao culto de Pan. Ela foi dada (20 a.C.) por Augusto a Herodes, que construiu lá um magnífico templo em honra do imperador. Pouco depois, o tetrarca Filipe a embelezou e a dedicou a seu protetor imperial, Tibério, daí seu novo nome Caesarea Philippi ou Caesarea Paneas. Próxima a esta cidade se deu a confissão de São Pedro (Mateus 16:13-20). Lá viveu a Hemorroísa (Mateus 9:20); de acordo com Eusébio ela instalou diante da sua casa um monumento de bronze representando sua cura por Jesus; por sua vez Juliano o Apóstata substituiu sua própria estátua por aquela do Cristo.
A Cesareia foi no passado uma sufragânea de Tiro na Fenícia Prima. Cinco bispos (até 451) são mencionados por Lequien (II, 831), o primeiro dos quais, Sto. Erasto (Romanos 16:23), é obviamente lendário. Após a captura da cidade pelos cruzados (por volta de 1132) uma sé latina foi estabelecida ali; quatro titulares são mencionados em Lequien (II, 1337); eles não devem ser confundidos com aqueles de Panium, outra sé na Trácia. O seu nome moderno é Banias, um pequeno vilarejo em um sítio agradável, 990 pés acima do nível do mar, aos pés do Monte Hermon, e quarenta e cinco milhas a sudoeste de Damasco, capital do vilaiete. A paisagem é esplêndida e o país é muito fértil, devido à abundância de água. Uma das principais nascentes do Jordão emana na gruta de Pan, agora parcialmente bloqueada e servindo como curral. Dentre os cômodos estão muitas colunas, capitéis, sarcófagos e um portão. A antiga igreja de S. Jorge serve de mesquita. A cidadela está parcialmente preservada e é considerada a ruína medieval mais bela da Síria. Desde 1886 Banias tem sido a sé de um bispo católico grego (Melquita), com cerca de 4000 fiéis e 20 padres. Seu primeiro titular, Monsenhor Géraïgiry, construiu algumas igrejas e 26 escolas; a residência do bispo fica próxima a Banias em Gedaïdat-Margyoum.