Claude Dablon

Missionário jesuíta, nascido em Dieppe, França, em fevereiro de 1618; morto em Quebec, em 3 de maio de 1697. À idade de vinte e um anos ele entrou para a Companhia de Jesus, e após cumprir seu período de estudos e ensinamentos na França, chegou ao Canadá em 1655. Ele logo foi delegado com Chaumonot para começar uma missão central entre os Iroquois em Onondaga. O diário que ele manteve desta viagem e do seu retorno a Quebec no ano seguinte nos dá uma noção viva das terríveis condições sob as quais essas jornadas eram feitas. Em 1661 ele acompanhou Druillettes, o Apóstolo do Maine, em uma expedição terrestre à Baía de Hudson, cujo propósito era estabelecer missões entre os Índios naquela região e talvez descobrir uma saída pela Baía de Hudson para o Mar da China. A expedição foi mal sucedida apenas é contada como mais uma tentativa abortada de encontrar a famosa Passagem do Noroeste. Em 1668 Dablon estava no Lago Superior com Allouez e Marquette, formando com eles o que Bancroft chamou de “ilustre triunvirato”, e ele foi o primeiro a informar ao mundo sobre as ricas minas de cobre daquela região, tão valiosas para o comércio da época. Foi Dablon quem indicou Marquette para empreender a expedição que resultou na descoberta do Alto Mississippi; ele também legou ao mundo as cartas e mapas de Marquette. Em conexão com esta descoberta ele chamou a atenção para a viabilidade da passagem do Lago Erie para a Flórida “cortando o canal através de apenas meia légua de pradarias para passar do fim do Lago de Illinois [Michigan] para o Rio de St. Louis” (o estado de Illinois). Este canal, projetado por Dablon 233 anos atrás, foi o tema de uma mensagem especial enviada pelo governador de Illinois para a Assembleia Legislativa em março de 1907. Após fundar Sault Ste. Marie, Dablon se tornou, em 1670, Superior Geral de todas as Missões canadenses, conservando esse ofício até 1680. Ele foi reconduzido em 1686 e se manteve como superior até 1693. Suas contribuições para as “Relações” possuem o mais alto valor, suas descrições de lugares e pessoas e sua narrativa de eventos são singularmente claras e compreensíveis.

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