Um Dominicano espanhol do século XVI; famoso como teólogo, filósofo e astrônomo; m. 1560. Ele obteve sua licenciatura em direito em Salamanca, e lá, antes do Natal de 1543, recebeu o hábito dos Frades Pregadores das mãos de Domingo de Soto, então prior do convento dominicano em Salamanca. A vocação de Ximenes ao estado religioso parecia milagrosa; pois, enquanto foi reitor do Colégio de Cuenca em Salamanca, o rei veio a estimá-lo tanto esteve prestes a honrá-lo com uma dignidade judicial quando, inesperadamente, Ximenes foi convocado ao convento dominicano por um padre desconhecido da mesma ordem, que previu que em pouco tempo ele abriria mão da prática da advocacia pela vida religiosa na Ordem dos Pregadores. Embora essa previsão tenha sido recebida com uma risada, ela logo se verificou. Ximenes obteve o grau de Bacharel (no sentido dominicano) em sua província, e em 11 de Abril de 1559, foi escolhido socius de Bartolomeu Carranza, arcebispo de Toledo, e enviado por ele à Segóvia com cartas especiais para o vigário e definidores do capítulo provincial que se reunia ali, para dissuadir os membros daquele capítulo de reelegerem Melchior Cano como provincial. Seus esforços, contudo, foram infrutíferos. As principais dentre as obras de Ximenes são: “Calendarium perpetuum, sive Ordo recitandi divini officii juxta ritum Ordinis Praedicatorum” (Salamanca, 1563; Antuérpia, 1566); “De eruditione religiosorum”, em espanhol.

Fontes

QUÉTIF-ECHARD, Script. Ord. Praed., II (Paris, 1721), 169.