Fernán Caballero

Pseudônimo de Cecilia Böhl von Faber, uma notável romancista espanhola; nascida em Morges, uma cidadezinha da Suíça, em 25 de dezembro de 1796; morta em Sevilha, em 7 de abril de 1877. Seu pai era Nicolas Böhl von Faber, um alemão que se estabeleceu na Espanha e gozava de certa reputação lá como um escritor, e sua mãe era uma nativa da Espanha. Ela passou os primeiros anos de sua vida na Alemanha e na Itália, e foi para a Espanha com seus pais em 1813, fixando-se em Cadiz. Ela se casou e enviuvou três vezes, seu primeiro marido sendo o Capitão Planelles, com quem ela casou quando ainda tinha apenas dezessete anos. Tendo perdido o seu marido pouco depois do casamento, ela se tornou, em 1822, a esposa do Marquês de Arco Hermoso, que morreu em 1835. Dois anos depois ela se casou com Antonio Arrön de Ayala, um advogado, e durante um tempo Cônsul Espanholna Austrália. Após a morte de seu terceiro marido, em 1863, ela se retirou para o palácio real em Sevilha, onde podia residir graças à amizade e influência de seu vizinho, o Duque de Montpensier. Fernán Caballero, que é muito melhor conhecida por seu pseudônimo que por seu próprio nome, foi também uma jornalista, e por um tempo contribuiu para o”La Ilustración Española ya Americana”. Mas foi como romancista que ela fez a sua reputação, seus poderes descritivos, em particular, comparáveis aos de Scott e Cooper. Em 1849 ela publicou seu primeiro romance, “La Gaviota”, que apareceu originalmente em um formato de serieado em um jornal. Esta obra foi traduzida para muitos idiomas, tendo a versão em inglês aparecido em 1868 sob o título de “A Gaivota” (“The Sea Gull”), e que foi provavelmente mais amplamente lida no exterior que qualquer outro livro espanhol do mesmo século. Seguindo “La Gaviota” surgiram de sua pena muitos romances e pequenas histórias nas quais ela descreve, com muito charme, graça e exatidão, os tipos e costumes das diferentes classes da sociedade espanhola, especialmente na Andaluzia. Sob o título genérico de “Cuadros Sociales” foram publicados, com outros, “La Gaviota”, “Clemencia”, “La Familia de Albareda”, e “Elía”. Sua obra completa foi publicada em Madri (1860-61) em treze volumes.

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