Um monograma do nome de Jesus Cristo. Desde o terceiro século os nomes de Nosso Salvador são algumas vezes abreviados, particularmente nas inscrições cristãs (IH e XP, para Jesus e Cristo). No século seguinte a “sigla” (chi-rho) aparece não apenas como uma abreviação mas também como um símbolo. Desde o princípio, no entanto, nas inscrições cristãs os nomina sacra, ou nomes de Jesus Cristo, foram abreviados por contração, assim IC e XC ou IHS e XPS para Iesous Christos. Estes monogramas gregos continuaram a ser usados em latim durante a Idade Média. Eventualmente o significado correto foi perdido e interpretações errôneas do IHS levaram à ortografia equivocada “Jhesus”. Em latim a abreviação aprendida IHC raramente apareceu depois da era Carolńgia. O monograma se tornou mais popular depois do séculos XII quando São Bernardo insistiu muito na devoção do Santo Nome de Jesus, e XIV, quando o fundador dos Jesuati, Beato João Colombini (m. 1367), costumeiramente o carregava em seu peito. Até o final da Idade Média IHS se tornou um símbolo, equiparado ao chi-rho no período Constantiniano. Às vezes acima do H aparece uma cruz e por baixo três pregos, enquanto que a figura completa é cercada por raios. O IHS foi aceito como a característica iconográfica de São Vicente Ferrer (m. 1419) e de São Bernardino de Siena (m. 1444). Este último santo missionário, ao final dos seus sermões, tinha o costume de exibir este monograma devotamente à sua audiência, pelo que alguns o censuravam; ele chegou até mesmo a ser convocado perante Martinho V. Santo Inácio de Loyola adotou o monograma em seu selo como de uso geral da Sociedade de Jesus (1541), e assim ele se tornou o emblema de seu instituto. IHS foi às vezes erroneamente compreendido como “Jesus Hominum (ou Hierosolymae) Salvator”, i.e. Jesus, o Salvador dos homens (ou de Jerusalém=Hierosolyma).